domingo, 3 de janeiro de 2010

Douglas Futuyma

Biólogos e professores, ou mesmo estudiosos de biologia evolutiva!
Em maio de 2008 Futuyma esteve no Brasil, e na época ele deu uma entrevista ao Jornal Estadão.
Ao percorrer as páginas da internet como faço diariamente... me deparei com este material e o converti para PDF, quem quiser, é só baixar aqui .

Abaixo encontra-se um pequeno trecho da entrevista:



Como está a teoria da evolução hoje, 150 anos depois de sua formulação inicial?
Mais forte que nunca. Gostaria de começar dizendo algo sobre a palavra "teoria". Essa palavra é mal compreendida, nos EUA e, talvez, no Brasil também. Para muita gente, teoria é algo como uma idéia, um palpite. Em ciência, no entanto, usamos "teoria" de um modo diferente. Físicos falam em teoria quântica, teoria atômica, e não estão fazendo especulações vazias. Eles têm muita certeza daquilo que dizem. Em ciência, "teoria" significa um corpo de explicações que dá conta de uma ampla gama de observações, e forma um corpo de conhecimento muito forte. Nos últimos 150 anos, a teoria da evolução cresceu e acumulou evidências em seu favor. Por exemplo, no tempo de Darwin (Charles Darwin, autor de "A Origem das Espécies", primeira obra a expor a teoria da evolução, publicada em 1859) não sabíamos sobre DNA, sobre genes, não sabíamos como as características passavam dos pais para filhos. Agora, usamos DNA para entender melhor a evolução, e a evolução para entender melhor o funcionamento dos genes. Outro exemplo: Darwin sugeriu, em 1866, que humanos e chimpanzés vinham de um ancestral comum e agora sabemos, graças ao DNA, que ele estava certo, porque o DNA humano e dos chimpanzés coincide em mais de 90% .


Futuyma é autor, entre outros, de "Biologia Evolutiva" (traduzido pela Soc. Bras. Genética; última edição, Funpec 2002).

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