sexta-feira, 7 de maio de 2010

Oito filmes para refletir sobre biologia e ciências


Além de momentos de diversão ou lazer, assistir a um filme também pode ser uma ótima oportunidade de aprendizado. Existem muitos filmes que trazem informações, ajudam a refletir ou complementam assuntos tratados em sala de aula. Porém, é sempre necessário ter uma visão crítica desses filmes.

Em especial, quando o assunto é ciência, é preciso estar atento a possíveis inconsistências entre a verdade científica e aquilo que é apresentado na história.

Segue uma pequena lista de filmes que podem ser interessantes para aprender ou refletir sobre alguns temas tratados nas aulas de ciências ou biologia.

Leia mais AQUI

sábado, 24 de abril de 2010

Planos de aula Nova Escola

Lá vai um link legal com vários planos de aula!!

Ensinar com a sétima arte

 Como foi a aula hoje, filho?
- Mãe, a professora não deu nada, só passou um "filme lá".

Através da frase acima podemos inferir algumas questões...
1) O professor trabalhou um determinado conteúdo inicializando-o, desenvolvendo-o, ou finalizando-o através da exibição de algum filme que se encontra inserido no contexto abordado, mas o aluno não compreendeu o objetivo do professor.

2) O professor desenvolveu a mesma metodologia acima mas não explicou aos alunos o motivo de ter exibido o filme.

3) O professor realmente matou uma aula e passou "um filme lá"  totalmente fora do contexto.

Acredito que muitos aqui já tenham se deparado com alguma das situações acima. Muitas pessoas, incluindo pais e até mesmo a coordenação pedagógica não compreendem a importância da utilização de  filmes durante determinadas aulas. 
Lembro-me uma vez que estava trabalhando biomas terrestres com o 1º EM e exibi vários trechos da série Planeta Terra, da BBC. Quando as exibições terminaram, um aluno me perguntou: - Professora, hoje não vai ter filminho?

Bom, eu havia explicado aos alunos a importância do documentário bem como a sua inserção no contexto trabalhado, mas provavelmente eu posso ter sido menos enfática do que eu deveria ter sido, a gente aprende- hoje não acontece mais.

Para evitar este tipo de situação antes de exibirmos filmes e documentários, precisamos de um planejamento- como todas as nossas demais atividades, e este deve estar claro para alunos e coordenação, assim evitando que pais eventualmente entrem em contato com o colégio e perguntando à coordenação os motivos de o professor ter apenas passado "um filminho lá" para os alunos... e deixando o fatídico conteúdo "para trás".

Podemos exibir o filme antes, durante ou após a exposição de um assunto em sala, enfatizando sempre os motivos pelos quais estamos trabalhando desta forma. 

Não é recomendável que os estudantes façam anotações sobre o filme... aquela história de: - "Quero relatório depois do filme" - não seria uma estratégia muito adequada, pois o aluno acaba dispersando sua atenção e pode perder momentos particularmente importantes da trama, ou outros tipos de detalhes prejudiquem sua compreensão. 

Se houver tempo, (o grande inimigo de nossos planos de ensino), reúna os alunos em grupos para que os mesmos troquem idéias, observem aspectos que possam ter passado despercebidos, discutam propostas e estratégias e finalizem o momento com a elaboração de um texto contendo a análise e contextualização  realizadas.

O que eu mesma faço às vezes é interromper o filme para explicar algum conceito que pode ser desconhecido dos estudantes, repetindo a cena após a explicação.

Aqui vai um link contendo diversos filmes que podem ser trabalhados em sala, não estão abordados apenas filmes com contexto biológico... ok?

Um projeto que estou desenvolvendo em um dos colégios em que trabalho chama-se: "Cinema no colégio", onde o propósito é reunir os alunos em período oposto ao das aulas para assistir filmes relacionados diretamente ou não com o plano de aula.

O primeiro da lista é o famoso " O Óleo de Lorenzo" , que retrata a luta  e da construção do conhecimento científico de um casal para tentar salvar o filho de uma terrível doença genética chamada ALD. O filme foi premiado, e é utilizado por professores de quase todas as disciplinas para abordar diversos temas. No caso de biologia é excelente para trabalhar lipídios, genética e a própria noção de ciência. 
Após a exibição deste filme, pretendemos exibir outras obras, como "O fabuloso destino de Amelie Poulain", "A onda", etc. O interessante é que como eu já citei, nem todos os filmes abordam diretamente temas trabalhados em sala, mas é interessante que apresentemos aos nossos alunos diversos tipos de obras, provenientes de diversos países, para que eles possam ter um maior conhecimento cultural em relação ao cinema e desenvolvam também senso crítico, opinião, melhor compreensão de aspectos sociais, artísticos e econômicos. 




 Dica de leitura:Na sala de aula com a sétima arte- aprendendo com o cinema- João Luis de Almeida Machado



'Cinema na Escola' é, principalmente, uma declaração de amor a Sétima Arte. O autor, quando fala de cinema na escola não inventa fórmulas desconectadas da realidade, mas coloca no papel experiências provenientes de projetos, trabalhos, encontros e inúmeras experiências desenvolvidas em sala de aula com os alunos com os quais teve o prazer de conviver ao longo de sua carreira como professor. 

Dados técnicos:
Editora: INTERSUBJETIVA
ISBN: 8589945316
ISBN-13: 9788589945318
Edição: 1ª EDIÇÃO - 2008
Numero de páginas: 160

domingo, 11 de abril de 2010

Nutrição correta, uma lição feita com tubos de ensaio


Gente, recebi alguns e-mails me perguntando o porquê  do meu sumiço... oras, bem simples: as aulas começaram! rs
Mas prometo passar mais por aqui!
Aproveitando a deixa, olha que legal essa experiência para fazermos com nossos alunos:



Nutrição correta, uma lição feita com tubos de ensaio
Objetivos
Compreender os processos de intoxicação alimentar e as ações para evitá-la

 
Os números são contundentes. Anualmente, 76 milhões de norte-americanos contraem doenças por alimentos contaminados. No Brasil, como mostra o texto de VEJA, foram registrados apenas 7.566 casos desse tipo de enfermidade no ano passado. Isso porque a maior parte não chega a ser notificada. Trata-se de um assunto de interesse geral, principalmente porque revela as doenças transmissíveis por alguns tipos de alimentos e os cuidados que devemos ter na sua preparação. A leitura da reportagem será um bom estímulo para que a turma se aprofunde no tema e realize algumas experiências que podem ajudar os alunos a compreenderem melhor o tema.

Você precisará de comprimidos efervescentes, pelo menos cinco tubos de ensaio com rolha, um recipiente de vidro que resista à temperatura da água fervente, pequena quantidade de açúcar e fermento (desses usados para fazer bolo). Se optar por enriquecer o experimento, serão necessários também algodão, azul de bromotimo e meios de cultura próprios para fungos.

Atividades
As duas experiências sugeridas a seguir servem para demonstrar para a classe como a refrigeração e a higiene das mãos permitem evitar a contaminação dos alimentos. É uma boa forma de preparar o terreno para examinar futuramente com a turma os cuidados necessários para a preservação da saúde e os riscos envolvidos nesse processo.

A primeira experiência é simples. Dissolva os comprimidos efervescentes em recipientes com iguais quantidades de água e temperaturas diferentes – quente, ambiente e gelada. Peça que os alunos cronometrem o tempo de dissolução completa em cada caso. Na água gelada, o comprimido é dissolvido mais lentamente. Esse resultado permite discutir o papel do refrigerador e do freezer, que retardam a ação de microorganismos.

O segundo experimento exige preparação e montagem com uma semana de antecedência. Divida a classe em grupos de cinco. Prepare uma solução de água fervida com a maior quantidade possível de açúcar, de modo que a aparência permaneça cristalina.

Distribua o líquido em vários tubos de ensaio previamente esterilizados - um para cada grupo. Os alunos devem retirar anéis das mãos, lavá-las muito bem e secá-las ao vento. Depois disso, um deles "sujará" a mão na suspensão de fermento e a secará ao vento. Esse aluno vai cumprimentar um dos colegas que, por sua vez, repetirá o gesto com outro e assim por diante.

O último a ser cumprimentado lavará a mão com a solução de açúcar. Atenção: o conteúdo do tubo de ensaio deve ser recolhido em um recipiente previamente lavado e fervido, voltar ao tubo de ensaio e ser fechado com rolha. Mantenha um dos tubos com a solução de açúcar sem abrir. Em outro, pingue uma gota da suspensão de fermento. Após uma semana, a turma perceberá alguns resultados, como o aparecimento de turbidez, precipitados e formação de bolhas. São indícios de fermentação, causada pelos fungos.

Algumas variações podem enriquecer mais a atividade. Coloque um algodão embebido em azul de bromotimo próximo à rolha. Esse indicador mudará de cor na presença do gás carbônico produzido pelas bactérias.

Com os dados da reportagem e o quadro abaixo, os alunos podem desenvolver uma pesquisa sobre as principais causas das chamadas disenterias e gastroenterites. Deixe bem clara a distinção entre os agentes. A Salmonella e a Shigella são bactérias que provocam disenterias (a segunda é bastante grave), com fortes dores abdominais. No caso da Clostridium botulinum - associada ao botulismo - e o Staphylococcus, os males são causados pelas toxinas que essas bactérias produzem, e que são ingeridas junto com os alimentos. A Escherichia coli pode provocar disenterias, mas normalmente vive em simbiose com o nosso intestino.

Experiência
Como as bactérias se propagam

- Um dos alunos deve molhar a mão na solução com fermento
- Em seguida, com a mão "suja", ele cumprimenta um dos colegas
- O aperto de mão passa para o colega seguinte até o último do grupo
- Este se lava com a solução de açúcar e recolhe a água no tubo de ensaio
- Uma semana mais tarde, o líquido fica turvo e aparecem bolhas de CO2

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Tree of life









Tree of Life Web Project (TOL) é um trabalho de colaboração de biólogos e amantes da natureza de todo o mundo. O projeto fornece informações sobre a biodiversidade, as características dos diferentes grupos de organismos, e sua história evolutiva.
ÓTIMO!

Biology in Motion

Esse site é bem famoso e tem umas animações bem simpáticas.
Enjoy!

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Animações de citologia!

Pessoal, sei que existem várias animações de cito por aí, mas achei essas aqui bem legais, pois estão em português para que nossos alunos compreendam melhor.

Até!

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Ensinando Vírus com Discovery Channel!

Para incrementar as aulas de bio sobre vírus, aí vai  um link da anatomia de um vírus, disponível no site da Discovery. É interativo e bem legal.

Nascimento de cavalos marinhos

Me lembro de uma aula chata de biologia onde o professor passou na lousa como giz branco a seguinte classificação:

Os peixes são classificados em: Cartilaginosos e Ósseos, blablabla e blablabla...uns tem isso, outros tem aquilo, e tudo isso vai fazer uma diferença enorme na vida de vocês. 

Bem, é de suma importância abordarmos as relações filogenéticas entre os vertebrados, incluindo os peixes- nossos avós d'água. Salientar suas características peculiares é sim necessário, no entanto podemos inovar um pouco nossas aulas mostrando, por exemplo este lindo vídeo que mostra o nascimento de cavalos marinhos!
Não existe mais aquela coisa de: Os peixes cartilaginosos tem tantas nadadeiras desse jeito, e os ósseos daquele outro jeito.... NÃO, não vamos deixar de apresentar o mínimo da beleza dos belos peixes aos nossos pupilos...
O mundo dos peixes tem inúmeras peculiaridades, que variam muito de espécie para espécie, se generalizarmos muito os alunos perdem o interesse...
Este foi apenas um exemplo dentre muitos outros. Na era dos vídeos do youtube, as coisas ficam mais fáceis.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Correria!

Gente, desculpem-me pela demora!
Estou atarefada com a volta às aulas... planejamentos, reuniões pedagógicas e tudo mais. No entanto, estava  agora preparando aula e não pude deixar de deixar essa dica: enciclopédia da vida.  É, o nome já diz tudo! Acesse e conheça a enciclopédia que tem como objetivo depositar dados e divulgá-los sobre todos os seres vivos!!!!
ENJOY!!

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Não deixe de acessar :

Site (americano) de divulgação sobre evolução e com o principal objetivo de manter o ensino do referido segmento em escolas públicas. Bom,  muito bom.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

The Zoo of You! The Evolution inside you.

Olá caros colegas!
No meu outro blog tem um link permanente que irá remetê-lo a um site excelente sobre evolução, está em inglês, mas vale a pena fazer um esforço para traduzir! São muitas atividades para alunos e professores, e também vídeos e muitos textos dispostos de forma organizada e didática por categorias (como pode-se observar abaixo):








Para alegria daqueles que gostam do assunto, o site tem uma "versão" beta, onde eu encontrei muita coisa boa, de qualidade mesmo. Uma das "seções" que mais gostei foi a que contou com a participação do   paleontólogo Neil Shubin (aquele do Inner fish e Tiktaalik) com a seguinte abordagem: The Zoo of you- que contém comparações anatômicas interativas de várias regiões do corpo humano (cabeça, embrião, tronco, membros) com regiões semelhantes embriologicamente a outros animais (mosca de frutas, tubarões, etc)- lindas evidências da evolução.

Quando você clica sobre os pontinhos brancos que estão em regiões estratégicas do corpo, ele abre uma janela com as figuras do livro que contêm as comparações embriológicas e muitas vezes também ilustrando a distribuição dos genes homeóticos  e humanos e em outros animais.
Além desta e outras atividades interativas, o site também possui guia para professores com atividades e uma lista de links que pode levar uma semana toda de exploração.
Não percam.... tem muita coisa boa nesse site!

domingo, 17 de janeiro de 2010

A ciência como agente de transformação social

Como é possível utilizar a ciência como agente de transformação social? Na conferência realizada dia 09/06, no Teatro Tuca, São Paulo, em comemoração aos sete anos da revista Scientific American Brasil, o neurocientista Miguel Nicolelis deu uma aula de como cientistas brasileiros, radicados no exterior, podem contribuir para o desenvolvimento econômico e sociocultural de seu país natal.


Clique nos links abaixo e assista a conferência na íntegra.

Parte 1
Parte 2
Parte 3
Parte 4



fonte: www2.uol.com.br/sciam/multimidia

Biologia Molecular e Genética para Ensino Médio

Pegando carona no post anterior, vou colocar aqui alguns links interessantes que encontram-se ligados à atividades práticas/lúdicas que se  referem a Bio Mol e Genética.

Identificando pessoas pelo DNA


Extração de DNA de morango  Você também pode pedir que os alunos levem outras frutas como banana e kiwi, ou mesmo tomate, e depois comparem os resultados.Esse protocolo é bem mais fácil que a extração de DNA de cebola ou fígado (eca).
DNA origami
DNA
Montando cromossomos
O caso da fenilcetonúria
Meu gene, meu bem, meu mal
Bingo do tipo sanguíneo
O sabor amargo da vida

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Como são detectados os resíduos de sangue em cenas de crime que foram limpas?

Olá gente :)
Recebi este boletim da Editora Moderna, e é bem interessante. Fala sobre o Luminol e investigações criminais.É para trabalhar com alunos de Fundamental II.

Para complementar, encontrei este blog bem legal, cujo post se trata exatamente da utilização dos  seriados como CSI como ferramenta pedagógica. É importante ressaltar a existência  de uma "máscara televisiva" (não consegui outro adjetivo, rs) na série, que acaba retratando a profissão de investigador criminal  como relativamente fácil (muitas vezes) e contendo muitos equívocos com relação às metodologias por eles utilizadas.
O artigo Ciência contra o crime publicado pela revista Superinteressante (agosto de 2008) descreve basicamente como os peritos criminais atuam, e ao final desmistifica alguns eventos comuns na série CSI.


Existem muitas atividades relacionadas ao tema. Posteriormente colocarei-as aqui!

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Sites legais!

Meus caros,
as dicas que deixarei hoje são:

Biologia Interativa: Blog em português com animações, textos, jogos... enfim, um dos poucos e BONS materiais disponíveis na internet e em nossa língua materna.

1- Site ótimo que possui esquemas, resumos, banco de questões, banco de experimentos, muitas figuras, links e também aulas e ppt.
2- Este possui abordagem semelhante, mas tem umas atividades lúdicas bem legais (outras nem tanto), vídeos e uma série de links úteis.
3- Banco de figuras (muito bom!)
4- "Banco" de links
5- Músicas (biologia, astronomia e cia)
. :)

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Ensinar evolução!

Bom, mais uma vez venho aqui postar algumas dicas de material para o ensino de evolução.
- De novo?
- Eu explico!
Não sei exatamente dizer em que momento o "bicho da evolução" me picou, acredito que tenha sido na faculdade, lá pelo 2º ano, quando eu li "O gene egoísta" do famoso cientista  Richard Dawkins. A picada se intensificou quando tive a disciplina Biologia Molecular ministrada (de forma brilhante)  pelo  professor Nóbrega. No mestrado, durante as aulas com o mesmo professor comecei a refletir mais sobre o assunto, no entanto comecei a ministrar aulas de Biologia em um colégio cristão e criacionista ferrenho, e além disso eu freqüentava a igreja católica, sendo assim meus estudos em bio evolutiva haviam se estacionado (como uma forma de defesa, já que eu sabia que se eu estudasse mais...)
Eu já conhecia todo o repertório criacionista, mesmo porque eu já fui criacionista e sou ex-aluna do mesmo colégio onde estudei por 10 anos (e tive uma professora que anos depois se declarou evolucionista para mim, rs).  Após o rompimento desse vínculo voltei aos estudos de evolução, e ao ensino da mesma.
Foi praticamente uma conversão filosófica (e muito mais que isso), e hoje me sinto livre para pensar e ensinar a história da vida contada pela ciência verdadeira, baseada em fatos...
Esse é um assunto que rende páginas e páginas, senti a necessidade de divagar um pouco sobre essa minha paixão pela evolução, mas sinto que ainda não atingi meu objetivo, e também não vou atingir hoje pois já estou com sono.

Inicialmente minhas sugestões eram:
1- 15 jóias da evolução  trata de selecionadas evidências de nossa grandiosa Evolução (15 trabalhos ligados ao tema publicados na revista Nature). Muito bom, eu havia visto em inglês no ano passado, mas o biólogo Eli Vieira traduziu e ainda publicou na rede virtual Evolucionismo .
É um ótimo material para atualização e também para enriquecer o conteúdo programado para trabalhar evolução com os alunos do Ensino Médio e principalmente na graduação


2- "O maior espetáculo da Terra", de Richard Dawkins é um livro que deveria ser utilizado na graduação e por que não no ensino médio como literatura complementar? Quem sabe!
Essa obra reúne nada mais que as evidências da evolução: fatos fatos fatos- e é ricamente ilustrado.
Dawkins sai da linha de ataque que assumiu em "Deus: um delírio", e retorna como um dos melhores (na minha opinião, o melhor) divulgadores de ciência para o público em geral -Qualquer Quase todas as pessoas  podem ler o livro (afinal, o objetivo de Dawkins é atingir o maior número de pessoas com sua rica prosa evolucionária e ateísta).
A narrativa de Dawkins é extremamente didática, com inúmeras analogias com pitadas de humor, que eventualmente são salpicadas pela acidez que lhe é característica.
(É evidente que os biólogos e afins ficarão ou ficaram bobos durante a leitura. Eu fiquei).

Dica dada, boa noite!

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Herança Epigenética


A Epigenética tem sido muito discutida atualmente, embora não seja tão recente. Foi na década de 40 que esse assunto foi introduzido no meio científico. São muitos os exemplos que podemos citar com relação a esse fenômeno, dentro dos quais citarei o peso (fisicamente falando.. massa) das crianças norte-americanas.
Cerca de 25 milhões de crianças norte-americanas estão acima do peso ou obesas, o percentual nos últimos 30 anos triplicou para crianças de 6 a 11 anos, um bebê nascido em 2000 tem hoje 40% a mais de chance de desenvolver diabetes tipo II. Em 2005 foi publicado um relatório no The New England Journal of Medicine afirmando a existência de uma epidemia de obesidade infantil, e que esse seria um elemento deflagrador de uma série de eventos que poderia produzir o primeiro declínio moderno na expectativa de vida dos americanos.
A alimentação dos americanos é muito famosa, não havendo dúvida de que seus hábitos alimentares estão os levando cada vez mais cedo ao cemitério. No entanto tem sido sugerido que o problema não é apenas a alimentação... a sugestão se chama Epigenética.
Acredita-se que principalmente os hábitos alimentares das mães nos primeiros estágios de gravidez podem ter um impacto sobre o metabolismo dos filhos. Isso decorre pois alguns compostos podem se ligar a gene específicos e impedir sua expressão- como se fosse um interruptor sendo desligado. Pesquisas da mesma fonte mostram que fatores ambientais, como alimentos que ingerimos e cigarros que fumamos, podem ligar ou desligar esse interruptor.
A epigenética estuda a possibilidade de herança e expressão de características novas dos pais, sem uma alteração prévia no material genético. O ambiente estaria diretamente ligado à expressão gênica neste caso- dois organismos que possuem o exato material genético podem expressar fenótipos diferentes.
Lamarck tem sido citado algumas vezes quando pensamos em Epigenética... principalmente por sua defensora Eva Jablonka (geneticista israelense conhecida principalmente por seus estudos  em herança epigenética).
Abaixo seguem alguns links que trazem artigos  sobre o assunto.
Acredito que precisamos começar a introduzir este conteúdo em nossas aulas de genética...



Até mais!

Botânica


Acho que eu nunca vi uma matéria ser tão odiada por alunos e por professores... Na faculdade era uma das matérias que o pessoal menos gostava (e a minha preferida, junto com genética e bio mol). Lembro uma vez que trabalhei em um cursinho e me perguntaram:
- Qual frente você prefere?
- Ah por mim tanto faz!
- Ah, você pode pegar botânica então? Ninguém gosta.
É uma pena, pois as plantas são encantadoras...

Enfim, acho que isso tudo está na maneira de ensinar. Tive excelentes professoras de botânica na faculdade, nunca me esqueci das aulas de taxonomia e fisiologia vegetal com a Prof.ª Liliana Pasin, com quem "destruí o Raven" e muito mais.
Para lecionar botânica não podemos nos prender ao material didático tradicional, cobrar aqueles nomes "horríveis" é praticamente um estupro pedagógico (parafraseando Rubem Alves).
Os vestibulares até que enfim pararam de cobrar tanta "decoreba" de botânica, que bom, assim os alunos podem se dedicar à reprodução vegetal, diferenças nos ciclos reprodutivos, vantagens adaptativas, coevolução... enfim, coisas mais legais :)
Botânica pede aula prática... muita aula prática.
Para auxiliar aqueles que têm dificuldades em encontrar roteiros de aulas práticas de botânica, deixo aqui a dica de hoje: http://www.botanicaonline.com.br/ se trata de um site referente a um grupo de pesquisa de ensino de botânica do IB da USP.
Neste outro site também encontramos várias atividades práticas para desenvolver com os alunos, não só de botânica, mas também de outras vertentes da Bio. É um site realizado por professoras da disciplina Instrumentação para o Ensino de Ciências da USP, bem legal.
Este artigo aborda o tema deste post, se trata de um trabalho que propõe atividades práticas para substituir parte do ensino tradicional meramente descritivo que muitos professores ainda utilizam.
Espero que gostem das dicas!

Inté!

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Vídeos Charles Darwin e cia


Não sei se todos aqui tiveram a oportunidade de assistir a série realizada pela globo em comemoração aos 200 anos de Charles Darwin.                        Eu particularmente gostei bastante, exceto algumas colocações infelizes que não condizem com a verdadeira teoria da seleção natural, mas que podem tranqüilamente serem corrigidas em sala. (Acredito que erros como esses possam levantar discussões sobre a abordagem  e divulgação incorretas de ciência).
Enfim,  quem tiver interesse em ver, aqui está o link com todos os 04 capítulos, vejam no que dá para aproveitar :)

Com maior teor científico temos também a coleção Evolução: a incrível jornada da vida (BBC/SCIAM), uma série com 4 dvds de rico conteúdo. Usei praticamente todos em sala, inclusive para falar de outros assuntos como reprodução, os alunos adoraram. AQUI você pode ler detalhes dos DVDS, e comprá-los também.

Inté!

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

DNAi- site de popularização de Genética

Pessoal, conheço esse site há bastante tempo. É extremamente didático, ricamente ilustrado e versa sobre muitos assuntos ligados à área de genética.
Tem a versão em inglês que é completíssima, e também tem uma versão em português que ajuda bastante.
não se esqueça de passar pelo teacher guide.
De qualquer forma vale a pena explorar!
Inté!

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

HISTÓRIA DA CIÊNCIA E ENSINO: ONDE TERMINAM OS PARALELOS POSSÍVEIS?

Boa noite pessoal,
acabei de ler esse artigo, o qual achei muito válido e útil para nós professores, é de autoria do Professor Nélio Bizzo da USP.
Nada melhor que contextualizar historicamente os conceitos que tratamos em sala com nossos alunos- é a de que a idéia do passado auxiliando a compreensão do presente.
Aqui vai um trecho do artigo:


Evocar a História para iluminar o ensino tem sido uma estratégia bastante comum. A literatura especializada registra esta tendência no ensino de Ciências pelo menos desde meados do século passado no Reino Unido (Jenkins, 1989 e 1990). A idéia de que o passado ajuda a compreender o presente parece muito atraente e até mesmo acima de qualquer dúvida. Ultimamente, ao sabor da moda, várias iniciativas têm sido realizadas no sentido de colocar a história da ciência a serviço do ensino. Vários paises têm tomado iniciativas, como os Estados Unidos (projeto 2061), Dinamarca (curriculo nacional), Holanda (PLON), Inglaterra e País de Gales (curriculo nacional)1, além da criação de uma revista especializada na Nova Zelândia (Science & Education). Em outro artigo, procuramos mostrar algumas das propostas que têm sido apresentadas no sentido de aproximar essas duas áreas (Bizzo, 1993a). Aqui, o objetivo será o de mostrar algumas restrições e cuidados que deveriam estar presentes nesse debate.

Leia mais aqui

domingo, 3 de janeiro de 2010

Gráfico de Hillis (Tree of Life) DOWNLOAD

O gráfico circular de Hillis representa 3 mil espécies, ele foi representado com base na comparação dos rRNA desses organismos. Este gráfico tem uma baixa representatividade,  (cerca de 0,18% das espécies do planeta), no entanto foi  a tentativa de maior escala realizada até o momento.
Os nomes das espécies estão escritos na borda (zoom de uns 300%).Se você for imprimir e colocar num quadro, a recomendação é utilizar um papel com no mínimo 137 centímetros de largura.

Baixe aqui, ou só veja... tem mais coisas legais como a tatoo da Dr.ª Clare D'Alberto, 

Douglas Futuyma

Biólogos e professores, ou mesmo estudiosos de biologia evolutiva!
Em maio de 2008 Futuyma esteve no Brasil, e na época ele deu uma entrevista ao Jornal Estadão.
Ao percorrer as páginas da internet como faço diariamente... me deparei com este material e o converti para PDF, quem quiser, é só baixar aqui .

Abaixo encontra-se um pequeno trecho da entrevista:



Como está a teoria da evolução hoje, 150 anos depois de sua formulação inicial?
Mais forte que nunca. Gostaria de começar dizendo algo sobre a palavra "teoria". Essa palavra é mal compreendida, nos EUA e, talvez, no Brasil também. Para muita gente, teoria é algo como uma idéia, um palpite. Em ciência, no entanto, usamos "teoria" de um modo diferente. Físicos falam em teoria quântica, teoria atômica, e não estão fazendo especulações vazias. Eles têm muita certeza daquilo que dizem. Em ciência, "teoria" significa um corpo de explicações que dá conta de uma ampla gama de observações, e forma um corpo de conhecimento muito forte. Nos últimos 150 anos, a teoria da evolução cresceu e acumulou evidências em seu favor. Por exemplo, no tempo de Darwin (Charles Darwin, autor de "A Origem das Espécies", primeira obra a expor a teoria da evolução, publicada em 1859) não sabíamos sobre DNA, sobre genes, não sabíamos como as características passavam dos pais para filhos. Agora, usamos DNA para entender melhor a evolução, e a evolução para entender melhor o funcionamento dos genes. Outro exemplo: Darwin sugeriu, em 1866, que humanos e chimpanzés vinham de um ancestral comum e agora sabemos, graças ao DNA, que ele estava certo, porque o DNA humano e dos chimpanzés coincide em mais de 90% .


Futuyma é autor, entre outros, de "Biologia Evolutiva" (traduzido pela Soc. Bras. Genética; última edição, Funpec 2002).